segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Setor imobiliário diz não sentir efeitos da crise

Empresários garantem que o ano começou com bons negócios para o mercado imobiliário da cidade

Desde setembro do ano passado, o assunto mais comentado na mídia, em casa, no trabalho e nas rodas de amigos é a crise mundial. A maioria imagina que todos os setores da economia estão desaquecidos, mas isso não é verdade quando se fala no setor imobiliário maringaense. No mês de janeiro, a procura por compra e aluguel de imóveis tem sido grande.

Para o delegado do Sindicato da Habitação e de Condomínios (Secovi), de Maringá, Junzi Shimauti, os investidores de imóveis nos meses de novembro e dezembro observaram os caminhos que a crise iria tomar, mas isso não comprometeu a economia do setor. “Mesmo nesse período, a comercialização de imóveis com valor de até R$ 100 mil não mudou em nada. Eles continuaram a serem vendidos normalmente. Os números do setor em Maringá são acima da média nacional”, afirma.

Segundo o proprietário da Pedro Granado Imóveis, Pedro Granado, o mês de janeiro está sendo surpreendente, comparado a tudo que se fala na mídia. “O ano começou com muito mais movimento do que novembro e dezembro. O mercado está bom, com fechamento de vendas diários e o de aluguel também”, ressalta.

De acordo com o proprietário da Theodorado Imóveis, Alaor Theodoro da Silva, não existe crise para o setor imobiliário de Maringá. “A quantidade de negócios está no mesmo nível do ano passado para janeiro e fevereiro, meses em que as pessoas estão de férias. A preocupação de quem tem dinheiro é sair no mercado para comprar”, garante.

Sobre como será o ano do setor cada um dos entrevistados tem sua própria opinião, mas todos acreditam que ao menos o mercado vai se manter estável em relação ao ano passado. “As expectativas são boas para o ano, porque estamos dobrando o tamanho da tradicional Feira de Imóveis de Maringá. Não estamos preocupados com a crise”, diz Shimauti.

Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), o setor da construção civil foi o que mais criou vagas de trabalho em 2008 no Brasil, foram 90 mil novos postos, 10,3% do número de vagas criadas no ano.

Migração
Outro consenso entre os entrevistados é que uma parte da procura por imóveis neste começo de ano é de investidores que estão mudando o tipo de negócio, porque a crise afetou o mercado especulativo, assim como o de ações. “São pessoas que não pertencem à classe mas estão investindo por considerar que a moeda mais segura é o imóvel”, diz Theodoro.

Fonte: O Diário do Norte do Paraná

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